sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cuidado

Aprendo a cada dia que passa a cuidar de mim, a não cansar os meus braços carregando fardos que não são meus. Aprendi que sempre vão colocar um peso enorme sobre nossos ombros, mas a decisão de carregá-los é só nossa! Não adianta se queixar de quem faz isso, precisamos primeiro nos perguntar por que aceitamos!
Por que não ignoramos o peso? Por que preferimos caminhar quando se pode voar... leve?!
Aprendi a aceitar as decepções... o amigo que não é mais amigo, a chance que não chegou, a falta de amor das pessoas. Talvez algumas delas realmente tenham sido resultado da ação dos outros, mas outras podem ter sido consequência das imagens não reais que criei pro mundo, pra essas pessoas, pras coisas...
Às vezes a gente espera demais e, por esperar demais, o que a gente recebe sempre parece menos.
Aprendi que ser feliz comigo mesma tem um preço, alto, mas válido! O preço de parecer, às vezes, pessimista, às vezes louca, às vezes inconstante, às vezes quieta e cada vez mais um pouco eu.
Um eu bordado, costurado, desfeito, refeito, desenhado com calma, cuidado e desejo de ser um pouco mais livre... Livre dos grandes e pequenos fardos diários.

Daiane Guedes

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher


‎"Ninguém nasce mulher, torna-se mulher" Simone de Beauvoir

Que neste dia seja valorizada não só a mulher-maravilha que tanto se fala nos dias atuais. Mas que seja um dia de valorizar e afirmar as diferentes formas de ser mulher e viver esse mundo feminino! 
E que não nos esqueçamos das muitas Marias que continuam a morrer vítimas de violência doméstica, nem das muitas outras que são abusadas, discriminadas e que, se não morreram fisicamente, morrem todo dia um pouco em sua existência!

Que seja um dia de luta, acima de um dia de comemorações!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O papel-escritor e a loucura.

No primeiro papel em branco, eu quis escrever.
Não quis desenhar, não.
Nem dobrar, nem pintar, nem deixar em branco.
Não, eu não queria deixar o papel em branco. Não enquanto me brotassem palavras.
As palavras que engoli, que respirei, que quis deixar... a mensagem.
Palavras que talvez poucos entendessem, palavras que precisam de uma certa loucura para serem lidas.
No papel, derramei meu corpo.
Fiz do meu sangue lápis e da paixão o colorido naquelas simples, simples letrinhas.
Eu e o papel não éramos mais coisas distintas.
Difícil separação, impossível.
Eu, escritora.
Papel, a condição de existência para meu "eu escritor".
As letras, a loucura. Ora eu escrevia sobre meu corpo. Ora o papel se enchia...
Uma folha vazia, ficando meio cheia. Uma escritora ficando meio vazia.
E vice-versa.
A loucura do escritor.
A fantasia.
A folha dominando a letra.
A letra desenhando o corpo.
O corpo criando história.
E a história colorindo a vida.

Daiane Guedes

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Um vaso diferente.

Você não sabe o que fazer com aquelas conchas que achou na praia e levou pra casa???
Tive uma idéia geniaaaal! 
Eu estava precisando de um vaso para uma flor artificial que ganhei, mas queria algo diferente. Consegui uma garrafa de vinho vazia e, com cola quente, fui colando as conchas que eu tinha aqui em casa e deu nisso:
Eu adorei! É simples, não tem erro, só usar a criatividade.

Daiane Guedes

domingo, 30 de dezembro de 2012

Retrospectiva...

Mais um ano inteirinho se passou e com ele foram alguns sonhos, com ele vieram algumas conquistas e, com certeza, muita sabedoria todos nós adquirimos. 
Talvez nem todas as promessas que fizemos ao longo de 2012 tenham sido cumpridas, talvez tenham perdido a importância ao longo dos dias, talvez tenham se tornado necessidade.
Se fomos perfeitos? Eu não sei...
Se aprendemos com os nossos erros? Espero que sim!
Se amamos mais? Talvez sim, talvez não... Mas continuamos precisando!
Se vivemos a vida sem aprisioná-la, diminuí-la? Se não, ainda temos outro ano para continuar inventando uma outra vida mais potente...

Esta semana ouvi uma frase que silenciou muitos questionamentos meus e me fez pensar em como posso criar um "ano novo" realmente novo! Não somente um "ano novo dos votos e das promessas", mas um ano onde tudo, absolutamente tudo seja novo. Onde eu seja nova, onde a vida seja nova, onde existam novos bons encontros, onde minha relação com o mundo seja nova!
A frase era bem simples, mas bastante certeira...

"Não podemos escolher como morrer, mas podemos escolher como viver a vida".

Até onde estamos nos castigando? Até quando aceitaremos um modo de vida porque é o mais legal, mais bonito? Até quando suportaremos não fazer a escolha sobre nossas próprias vidas? Até quando os outros serão culpados pela nossa falta de coragem? Até quando as angústias dos padrões decidirão o que devo fazer, como devo me vestir? Até quando repetiremos os mesmos velhos discursos para não sair do nosso "falso conforto"? Até quando o passado vai ser triste? Até quando o futuro será sempre sinônimo de amanhã? Até quando faremos promessas?

Até quando? Para alguns, infelizmente, até sempre... Para mim, insisto que seja nunca mais!
Talvez eu não consiga responder todas essas e outras perguntas tão depressa, mas já entendi que mais do que o resultado e a resposta, importa o percurso. Pois é nele que me entrego, me implico, me reinvento e descubro o que posso, não posso, como posso e até onde quero ir ou onde quero parar...

Que dois mil e treze seja o ano do aprendizado, exercício, da busca pelas respostas... 

Respostas que talvez encontraremos... e, mesmo depois de encontrá-las, desejo que nós continuemos a procurar, porque talvez, a resposta não seja mais tão importante! E a caminhada? A caminhada talvez tenha se tornado um outro modo mais completo de viver a vida!

Feliz Dois Mil e Treze ;)

Daiane Guedes

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os cinco anos...

  Bom, resolvi escrever sobre o que estou passando agora... A emoção de me formar em Psicologia!
A emoção de conquistar um sonho que não é só meu, mas de meus pais também! 
Sou filha de pais que não tiveram a oportunidade de estudar muito e, muito menos, de entrar em uma universidade, como muitos outros brasileiros (infelizmente!!!).
Durante muito tempo sonhei com esse dia. Não necessariamente com o momento que eu usaria a beca, ou tiraria foto com as amigas, mas sim com o momento em que o diploma estivesse em minhas mãos.

Sabe, não tenho pais ricos, fiz um curso que é integral e que, com muito sacrifício, eles bancaram pra mim (mesmo estudando em universidade publica, estudar gasta muito dinheiro!)!!!
Ainda lembro de quando chegou o ano do vestibular e não dava pra pagar um cursinho desses famosos. Pensei muito sobre o que eu faria... Graças a Deus, os planos dEle são perfeitos em tudo!
Fiz um cursinho comunitário (para mim, melhor em tudo do que esses famosos!) e com muito empenho entrei na Universidade Federal Fluminense!

Lembro até hoje da felicidade que senti ao entrar pelos portões da UFF... Vivi coisas maravilhosas nesses cinco anos, fiz amizades fantásticas, aprendi muito (e não só sobre o conteúdo das disciplinas, mas sobre a vida!), me diverti... enfim, vivi intensamente cada dia lá dentro!
Foram também durante os anos de universidade que muitas coisas boas e ruins aconteceram em minha vida... Foram cinco anos intensos e aquele campus foi meu refugio muitas vezes nos momentos mais complicados!
Foram cinco anos que construí uma casa fora da minha, uma família além da minha e, assim, tive a oportunidade de viver uma vida diferente de tudo que eu vivia!
Sempre serei grata a Deus por ter pensado algo muito maior do que eu pensava para mim, sempre serei grata aos meus familiares que tanto me apoiaram e assistiram, sempre serei grata ao maridão que entrou na metade desse percurso, mas aguentou os momentos mais complicados (e ainda aguenta! hahah... ainda falta um "tantinho" pra entregar a mono! hehehe)...

 E agora depois dos cinco anos???
 Agora é hora de fazer do meu sonho a realidade pra muita gente!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Amor de Adolescência