"Enfim, quase que repentinamente descobri quão maravilhoso é escrever histórias. Falar daquilo que sei, que vivi e daquilo que desconheço, mas faz parte de mim.
Compreendi que cada palavra que escrevo carrega em si mesma um sentido e um peso que ninguém jamais será capaz de interpretar com tamanha fidedignidade que eu me renda a tal. Isso tudo me fez, ao invés de uma autora preocupada, uma autora capaz de compreender que este sentido estará sendo sempre negociado e que não importa quantas negociações sejam feitas, ele nunca deixará de, para mim, ser a história que eu escrevi.
Isto de forma alguma desmerece tais negociações, pelo contrário, somente as enobrece. Pois, toda vez que lembro-me da primeira carta que escrevi e do modo como ela foi lida pelo meu último leitor, percebo quão distintos são os seres e como são capazes de criar e recriar!
É tão claro como minha autoria é também de tantos outros que antes de mim escreveram e que, assim como meus leitores, eu li e interpretei. Mais claro se torna o fato de que, ao mesmo tempo, aquilo que escrevo estará na autoria de muitos outros que um dia terão seus nomes em livros, cartas...
Histórias são assim. Como na vida tudo pode ganhar novo sentido de acordo com aquele que vê e fala sobre algo, na leitura e na escrita, palavras podem tomar dimensões jamais imaginadas... podem reduzir, aumentar ou podem simplesmente ser do tamanho da alma daquele que escreve".
Daiane Guedes
Eu te amo, amiga!
ResponderExcluirEstas sim tem dimensões jamais imaginadas!!
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