Às vezes faço de você meu diário e volto a ser adolescente.
Posso contar pra você meus segredos?
Posso por um minuto me facetar de silêncio e experimentar o sossego?
Posso me despir e experimentar o desamparo, será que você me empresta seu corpo para que eu sinta de outra maneira?
Eu sou gota quando seco e sou a imensidão azul quando choro.
Não salgo, não adoço, não sou medida.
E quando venta? Eu me espalho.
Não sou disco, sou coletânea, exposta ou guardada.
Nem som, nem ruído, nem silencio.
O que sou?
Daiane Guedes
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